Este foi o nome dado á reportagem da TVI exibida ontem no final do telejornal. Nada mais actual nos dias de hoje que esta dualidade do lutar pelo canudo e depois usa-lo para ver a Vida passar sem arranjar emprego na área em que se investiu e lutou anos.
É a morte do sonho. É a frustração de anos a sofrer pelas notas, das noitadas de estudo, do nervosismo dos exames, da ansiedade da concretização de um curso que depois de acabado nos "chuta" para uma Sociedade baralhada, sem rumo e principalmente estagnada pela inoperância do Poder Central.
65000 Licenciados sem trabalho na sua área, 4000 licenciados em enfermagem desempregados, défice de 20000 enfermeiros em unidades publicas de saúde. Estes são os números divulgados ontem pela jornalista que realizou a reportagem e comentados pelo Sr. Ministro do Ensino Superior.
Acabar com cursos em que o número de inscritos é inferior a 20, é uma medida correcta mas apenas a vai camuflar a ponta do iceberg. O estado aposta na formação, por outro lado não abre vagas para empregos em instituições públicas com carência mais que demonstrada de pessoal qualificado. É necessária uma urgente reformulação do ensino superior em Portugal, recolher e analisar dados reais, conhecer os excessos e os défices de qualificações actualmente existentes e orientar cursos e currículos para esta realidade e para as necessidades do mercado. As filas dos recém formados são longas nas portas dos centros de emprego. São gastas verbas públicas para formações que não trazem nenhuma mais valia. E acabam arquitectos, gestores, enfermeiros a trabalhar por um ordenado de 400 euros/mes durante anos. Outros ainda trabalham gratuitamente para ganhar a dita experiência exigida por muitas entidades. Os call center, os hipermercados e as lojas são o amargo remédio para quem luta não se resigna e procura que a frustração não os impeça de continuar a procurar.... Quem tem um curso superior e o tirou por mérito próprio sabe o que custa. Mas quando o canudo está nas mãos e as portas se fecham deve custar muito mais. A sociedade que vivemos é esta cabe a cada um de nós nas mais pequenas coisas do dia a dia muda-la.
É a morte do sonho. É a frustração de anos a sofrer pelas notas, das noitadas de estudo, do nervosismo dos exames, da ansiedade da concretização de um curso que depois de acabado nos "chuta" para uma Sociedade baralhada, sem rumo e principalmente estagnada pela inoperância do Poder Central.
65000 Licenciados sem trabalho na sua área, 4000 licenciados em enfermagem desempregados, défice de 20000 enfermeiros em unidades publicas de saúde. Estes são os números divulgados ontem pela jornalista que realizou a reportagem e comentados pelo Sr. Ministro do Ensino Superior.
Acabar com cursos em que o número de inscritos é inferior a 20, é uma medida correcta mas apenas a vai camuflar a ponta do iceberg. O estado aposta na formação, por outro lado não abre vagas para empregos em instituições públicas com carência mais que demonstrada de pessoal qualificado. É necessária uma urgente reformulação do ensino superior em Portugal, recolher e analisar dados reais, conhecer os excessos e os défices de qualificações actualmente existentes e orientar cursos e currículos para esta realidade e para as necessidades do mercado. As filas dos recém formados são longas nas portas dos centros de emprego. São gastas verbas públicas para formações que não trazem nenhuma mais valia. E acabam arquitectos, gestores, enfermeiros a trabalhar por um ordenado de 400 euros/mes durante anos. Outros ainda trabalham gratuitamente para ganhar a dita experiência exigida por muitas entidades. Os call center, os hipermercados e as lojas são o amargo remédio para quem luta não se resigna e procura que a frustração não os impeça de continuar a procurar.... Quem tem um curso superior e o tirou por mérito próprio sabe o que custa. Mas quando o canudo está nas mãos e as portas se fecham deve custar muito mais. A sociedade que vivemos é esta cabe a cada um de nós nas mais pequenas coisas do dia a dia muda-la.
4 comments:
É mesmo!Concordo contigo!Devias era escrever para um jornal.Admiro-te porque nos dias de hoje é tão raro vermos jovens interventivos e que gostem de ler e escrever...Admiro-te porque o fazes de uma maneira muito sistemática. Continuarei à espera...Não perco um!
ola, eu tb vi essa reportagem e revi-me naqueles q deram a cara,pois faço parte ds licenciados sem emprego. Gostaria de saber se sabes dizer qual foi o site q eles referiram na reportagem onde nos podemos inscrever, havendo depois um cruzamento entre as empresas.
Obrigada
Bom dia! Eu escrevo porque penso ser esta a unica forma de nos expressarmos devidamente. E tento com isto "contagiar" outros ao manifesto, luta pela injustiça social, e igualdade de oportunidades. Nao me recordo do endereço do site referido na reportagem mas penso que pesquisando na pagina da TVI ou mandando para email para lá eles poderão informar.
Bem, confesso k sou um muy recente leitor deste blog, axo k o comecei a ler a partir da crónica do apagão!!! Suscitou-me a curiosidade de saber o que o citado apagão havia "arrasado".Fiquei uns dias sem visitar este espaço. Hoje surpreendi me com a temática de algumas crónicas, sobretudo esta k comento...pq este problema esteve na iminência de me afectar, ou seja, ver a vida por um canudo k tantas pestanas me obrigou a queimar para o obter!! É uma situação dramática, e axo k só kem a vive lhe dá o real valor...A minha vénia à bloguista.
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