quando dormir não acontece

“1 milhão de portugueses sofre de insónia crónica”

“Acho que isto acontece porque sei que as noites vão continuar assim. Porque sei que não consigo dormir hoje mas amanhã também não vou conseguir e depois de amanhã também não. Cria-se uma ansiedade que não permite fazer nada, nem sequer dormir”

“Ao fim de cinco noites sem dormir, Carla Fernandes tomou uma decisão. “Tripliquei a medicação e pensei ‘ou morro ou durmo, alguma coisa tem de acontecer’. Eu já não aguentava mais.”

“Tinha o corpo cansado, notava isso, mas a cabeça não me deixava repousar.”

“A sensação que tinha na altura era a de andar “todos os dias com um saco de cimento às costas com 50 ou 60 quilos”. “Andava mesmo quase curvado e perguntava-me ‘mas afinal o que é que eu tenho?’.”

“O meu cérebro não desliga e quem me dera ter um botão para o desligar”

“O problema afeta mais os mulheres do que os homens e mais os idosos do que os jovens, mas também “os mais pobres, os desempregados e os divorciados”


 “Não há ânimo para absolutamente nada. Passamos a noite em claro e durante o dia só queremos que eles finjam que nós não existimos”. Vê-se a vida a acontecer à volta mas não se participa, “a minha vida está a acontecer à minha volta mas eu não faço parte dela”. “Vamos a aniversários, festas, está tudo a acontecer e nós estamos ali mas não estamos”.

“Eu não me importaria de adormecer e acordar a chorar, desde que adormecesse.”

“Toda a gente parte do princípio de que a medicação resolve tudo mas não resolve.”

Fonte: jornal expresso 


utopia

Eles estavam ali. A um dizia até já ao outro dedicava o dia...

a assinatura do despedimento

... reformulando, levada a despedir-me sou hoje um fantasma do que era. 10 anos de trabalho inglório, nunca reconhecido, muitas vezes humilhada, nada valorizada, sem voz, castrada todos estes anos. A NVE foi para mim o meu primeiro emprego e o meu enterro profissional.

A empresa que foi montada pelo homem que me fez nascer e pelas suas próprias mãos fez morrer a minha carreira.

vazio paterno

“O pai ausente não é só o vazio físico de uma figura que não tivemos; às vezes, é também alguém que “mesmo estando” não soube ou não quis exercer o seu papel.”

mantra

Que chegue quem tem que chegar, que se vá quem tem que ir,

que doa o que tem que doer… que passe o que tem que passar

chama por mim

Quero tanto que chegues, mas nunca vens, nunca me chamas. Vejo e ouço tantos que precisam ficar a irem e eu que tanto preciso ir, agonizo ao ter que ficar. Leva-me. Chama por mim. Por favor

nise da silveira

 “Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão”

Não tenho, não sinto, não sou, hoje, nada disto

so vejo fim

Não tenho saida. Ou nao vejo. A injustiça, o desamor, a maldade e a indiferença por parte de um pai que me deu a vida para com satisfação fazer destrui-la, fez-me chegar ao fim. São anos de humilhação direta, em público e em privado. Se calhar por ser mulher. Se calhar por ser eu. 
Fez-me todo o tipo de pressão para que me levasse a despedir. Hoje não ganho dinheiro nenhum. Enquanto ele nada em milhões. Gostava pelo menos de ser assim tão cabra e incompetente para pelo menos haver uma razão.
Mas não há. Há mentiras, há destruição de competencias, há uma parede de cimento em que me prendeu.
A única forma, e depois de anos de luta e de força interior, é abrir o buraco nesse cubiculo de cimento em que me prendeu e tapa-lo com mais cimento, porque não tenho mais capacidade de viver. Ele ganhou. Sufocou-me.
Um pai dá a vida a uma filha mas como sabemos muitas vezes é o primeiro a tirá-la.

dormir

Não consigo dormir. Os dias em consequencia disso e outros fatores são um martirio... so queria um mimo, um ombro, uma mão que caminhasse comigo e assim segura conseguisse dormir...
Só quero dormir e nem isso consigo

sou problema

Quando te és um problema és uma merda? Não é que sejas uma merda mas é parecido. Porque ninguém quer problemas e a merda deita-se fora. Mas se tu és o problema vais-te deitar fora? Da janela, da ponte, do comboio? Não. Porque também não atiras a merda fora dessa forma.
Haverá algum autoclismo que te deite fora e te faça um tratamento de etar como até a merda tem direito?
Não há.
Os psiquiatras receitam droga, a yoga meditação, o naturopata cha, mas nada resolve a equação e o problema que começou em integral simples já está de 3ºgrau.
Conclusão: a merda não se deita fora a resolver problemas de matemática. Nem um problema se deita fora como a merda. Antes fosse. É melhor ser merda que ser um problema.


o sindrome do meu dia de aniversário

“ A idade está a passar por mim e sinto que não consegui realizar-me a nível profissional ou emocional que seria esperado para esta idade.” 

“Somos  influenciados culturalmente e do ponto de vista de ordem, biológica, cronológica, e social pela sociedade que impõe de certa forma, timings específicos para a concretização de aspetos da vida, como a X idade para ter um emprego de topo de carreira, ter um (a) companheiro (a), ser pai ou mãe. Neste sentido, na auto-perceção de que “determinada idade” não há a “conquista” destes “objetivos” sofrem profundamente…daí o sentimento da não necessidade de celebração ou festejo da data. 

O efeito “bola de neve” ocorre quando sistematicamente os aniversários não são vividos em plenitude, em que fazer anos “é desconfortável” porque o pensamento fixa-se no que não foi conseguido e essas mesmas memórias são transferidas para os aniversários que se seguem.

Na verdade e segundo os especialistas, os aniversariantes propendem a festejar a data quando tem um auto conceito e auto estima forte, quando socialmente se sentem felizes e bem-sucedidos. Têm uma familia funcional de suporte emocional (boas relações, prestação apoio, segurança e reconhecimento)
 e uma rede de amigos coesos, estes fatores são fundamentais. “

A data de aniversário é sinónimo de celebração da vida... não dita a nossa felicidade mas faz pensar muito nela e nas expectativas que tinhamos e não atingimos neste dia...