"Os milagres acontecem devagar"

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{às vezes, o elefante é só uma formiga}

usa o teu sorriso como escudo, a tua fé como espada, o teu coração como bússola. descomplica. desconstrói. desdramatiza. 

abraça como se a vida começasse hoje. cuida bem dos que estão sempre lá para ti.

deixa tudo o que te pesa e, sempre que puderes, ri até doer a barriga. dá mais valor às pequenas coisas. são sempre essas o açúcar dos teus dias.

sê tua amiga: insiste na prática do ‘bem-me-quero’ - não deixes que o amor pelos outros te afaste do amor por ti mesma.

e se algum dia a razão te pedir para desistir e o coração te mandar lutar, não tenhas dúvidas: luta. porque não é a razão que bate por ti todos os dias.

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A saber:

"Ser feliz é a arte da escolha pessoal. Podemos ter sorte em um dado momento, mas na maioria das vezes a felicidade vai depender de nós mesmos e das decisões que tomarmos."


Love - John Lennon


Não interessa quem tu amas,
onde é que amas,
porque é que amas,
quando é que amas
ou como é que amas,
o que interessa é que amas.


“Não era a profundidade o que me afogava, mas o tempo que passei debaixo d’água”.
– Frida Kahlo –

ética, educação, amor e blábláblá


Aprendi que para parecer interessante, não precisa ser interessante, mas sim fingir! Pois a futilidade atrai mais do que a verdade! Paulo Sisko

E todos os tormentos são menos pesados quando os que nos são, nos dão a mão.


Quando vives com ansiedade desde a adolescência, as insónias e os ataques de pânico fazem parte da lista dos teus melhores amigos. No entanto, os teus amigos e a tua família não percebem muito bem o que é que isso significa. E é normal, porque ninguém fala no assunto. 

 Sofrer de ansiedade não é ser-se nervosinho, não se soluciona como o “tens de começar a respirar fundo”. A ansiedade vem e nós não percebemos muito bem porquê, nem quando veio afinal. Se foi com a puberdade, se foi com o day dreaming constante, quando é que comecei a pensar tanto em tudo? Será que foi quando era pequenina e fazia perguntas esquisitas sobre a vida aos mais velhos?
 Porque é que sempre me aterrorizou o tempo? Porque é que quero viver desde sempre com tanta intensidade, tudo, todos os momentos, o agora, o agora, o agora? Devia estar a fazer coisas bonitas pelo mundo, devia estar a criar coisas decentes, mas isto serve para alguma coisa? Eu sirvo para alguma coisa? Quero ler estes livros, quero ver estes concertos, oh meu Deus estou quase a fazer anos e ainda nem dei a volta ao mundo. Esta sala é um bocado pequena, porque é que os autocarros são tão apertados? Os elevadores deviam ter janelas. Mas eu ganhei vertigens, ainda bem que não têm janelas. Tenho que subir aquele terraço. Vou desafiar os meus medos. Por favor tirem-me daqui. Ups o empregado viu que deixei cair esta cruzeta. Sou tão trapalhona. Peço desculpa. Onde é que eu tinha a cabeça? Acho mesmo que não vou conseguir acabar isto a tempo. O que é que me deu na cabeça? Ai já é daqui a dois anos que vou ter de apresentar a tese para uma audiência, mas eu até gosto de falar em público, mas não te lembras dos nervos que isso te dá? Não acredito que vou ter de ver pessoas hoje, mas tu adoras pessoas, menos quando não adoro, vou ter mesmo de ver pessoas? O professor fez uma pergunta, acho que sei a resposta. Nop, não vou falar com esta gente toda a ouvir a minha pergunta. Faço no fim da aula. Ok, vou ter mesmo que dar a minha opinião. Estou vermelha, estou vermelha. Onde andam os meus que eu tanto adoro? Tenho saudades das minhas pessoas. Estou sozinha no mundo, ninguém percebe o que é que eu sinto. Vou tentar explicar, oh não vale a pena. Quando é que arranjamos tempo para estarmos juntos? E se eu morrer amanhã e não tiver dito a todos o quanto gosto deles? E se eu morresse amanhã, alguém ia ao meu funeral? Dói-me tanto a cabeça. Outra enxaqueca não, por favor. Será que isto está bem escrito? Deixa-me ler outra vez. Não posso mostrar isto a ninguém. Isto está mesmo mau. Será que não está assim tão mau? Será que o chefe gostou? Vou dar-lhe um retoque. Têm mesmo que me ligar? Podiam mandar só mensagem. Têm de falar comigo? O que é que eu fiz? Será que fiz mal a alguém sem querer? Terei feito alguma coisa grave? E será que a minha mãe e o meu pai sabem o quanto os amo? Que dor no estômago. Mãe amo-te muito, pai amo-te muito. Mana tenham cuidado na estrada. Tens que te alimentar melhor. Não devia fazer mais desporto? Devia estar a fazer alguma coisa mais útil. Adoro não fazer nada, tenho tantas coisas para fazer. Esta semana passou tão rápido.“
 A ajuda de um médico continua a ser assustadora, “foste mesmo a um psiquiatra?” “Andas num psicólogo?” “Tomas medicação??!!” A ajuda é importante, sempre. E o primeiro passo para aprendermos a viver é sabermos quando é que precisamos de pedir socorro. A ansiedade dá-me muitos tormentos, mas tem-me feito viver muito. Tenho 23 anos e já vivi tanto, às vezes quase tenho vontade de lhe agradecer. Mas outras vezes é incontrolável, mais vezes do que é suposto ser. Quem sou eu para vos pedir alguma coisa(?), mas tenho que o fazer: comecem a dar mais atenção aos vossos amigos e família que sofrem com a ansiedade. Ouçam-nos com atenção. Respirar fundo não resulta, as vossas pessoas precisam falar. Precisam de sentir que estão a viver. A ansiedade pode ser bem canalizada, não torna ninguém menos ou mais capaz. Mas é preciso que se aprenda a viver com ela, que não se torne uma auto destruição.
E todos os tormentos são menos pesados quando os que nos são, nos dão a mão.

Balolas Carvalho
Comunidade Cultura e Arte

TORMENTOS DE UMA RAPARIGA ANSIOSA

Passa um dia. Passam dois dias. Passam três. Aparentemente tudo parece bem. Só porque sais de casa bem vestida, maquilhada, de sorriso nos lábios e aparentemente pronta para abraçar todos os desafios que te surgem pelo caminho. Só porque parece que está tudo bem, não quer dizer que realmente esteja. Por vezes queremos acreditar que sim, é mais fácil acreditar numa suave mentira do que enfrentar uma dura verdade.
Tenho ansiedade. Tenho distúrbio de pânico e não tenho uma vida normal. Não, não sou uma vítima. Sim, saio de casa, cumpro o papel que a sociedade me exige, sou aquilo que chamam de “rapariga normal”, porque é exactamente isso que aparento. Transbordo paz de espírito, calma e até resolução pessoal, mas na verdade, escondo uma enorme confusão mental que ninguém conhece.
A sociedade condena pessoas ansiosas. Entendo a perspectiva das pessoas que me rodeiam. Não é fácil aceitar e compreender a diferença. Mas acreditem que também não é fácil viver à margem de tudo. Não estou aqui para reduzir as pessoas que sofrem deste distúrbio, muito menos para enumerar uma lista de sintomas que estão associados a este síndrome, mas sim, para explicar aos outros o quanto é complicado para nós levar uma vida normal.
As pessoas ansiosas estão vedadas à solidão. Primeiro porque não nos sentimos encaixados, porque temos receio de ser condenados e porque o próximo não consegue compreender o que vai na nossa mente. Com o tempo, mudamos a nossa forma de pensar, de viver e de nos relacionarmos com outros. Inevitavelmente, aqueles que nos rodeiam apercebem-se da mudança. Sabem que somos diferentes. Uns julgam, outros questionam, mas de uma forma ou de outra, obrigam-nos a enfrentar uma realidade que queremos esquecer.
Ao vivermos sozinhos não temos percepção de que somos assim tão diferentes, vivemos naquela ilusão reconfortante de que podemos ser como qualquer outra pessoa do planeta. Mas não podemos. Não podemos porque a uma dada altura não conseguimos sair de casa, não conseguimos conviver com os amigos, com o namorado ou com a família. Adquirimos hábitos novos, vamos moldando a nossa vida de acordo com aquilo que a nossa mente exige.
Não é fácil aceitar uma pessoa que se recusa a jantar fora porque tem medo de vomitar num restaurante. Ou aceitar que determinada pessoa não sai de casa porque tem medo de espaços amplos.
A ansiedade não só nos obriga a viver um pesadelo de emoções constante, como ainda nos exige viver nesta extrema diferença. Isolados. Sozinhos. Não me admira que tantos casos estejam associados a comportamentos depressivos.
Apesar de termos consciência da nossa diferença e de sabermos que são os nossos hábitos que nos excluem, é muito complicado conseguirmos mudar. A ansiedade exige de nós um esforço constante e, na verdade, estamos cansados de lutar por uma estabilidade inalcançável.
Eu estou cansada. Todos os dias acordo com um positivismo novo e todos os dias me deito com a sensação de fracasso. Somos demasiado exigentes. Demasiado duros. Mas temos de ser assim, caso contrário ficamos escravos da nossa própria mente e nesse instante, perdemos o pouco controlo que resta da nossa vida.
A ansiedade dói. Dói para quem assiste, para quem nos vê, perdidos no nosso próprio caos mental. Dói para quem vive, porque a nossa consciência nunca cessa. Sabemos que estamos a perder o controlo mas também sabemos que não podemos controlar. É um processo de desgaste constante, que culmina numa fonte de insegurança e total incapacidade. Ficamos vulneráveis, sozinhos e perdidos. Queremos pedir ajuda, mas sabemos que poucos vão ajudar, porque muitos não entendem, outros não se esforçam para entender. Somos obrigados a aceitar os nossos limites. Ainda assim, exigem uma vida plena, que corresponda aos padrões socialmente impostos e, no entanto, não aceitam a diferença, porque a diferença não é poética e não acolhe. Só nos isola. E para isso, já temos a nossa própria mente."
TANIA PEREIRA

Cidadão Quem - Dia Especial

Se alguém
Já lhe deu a mão
E não pediu mais nada em troca
Pense bem, pois é um dia especial
Eu sei
Que não é sempre
Que a gente encontra alguém
Que faça bem
E nos leve desse temporal
O amor é maior que tudo
Do que todos, até a dor
Se vai quando o olhar é natural
Sonhei que as pessoas eram boas
Em um mundo de amor
E acordei nesse mundo marginal

o amor


Generosidade

Generosidade.: inclinação (tendência) para dar e partilhar acima de qualquer interesse ou utilidade. Trata-se de uma virtude e um valor positivo que se pode associar ao altruísmo, à caridade e à filantropia. A pessoa generosa quer partilhar, repartir ou distribuir aquilo que tem com outros. O seu comportamento tem por base reconhecer as necessidades do próximo e tratar de as satisfazer dentro das suas possibilidades. A generosidade não está unicamente associada ao dinheiro ou aos bens materiais. Um individuo pode ser generoso com o tempo de que dispõe e dedicar-se os outros sem pedir nada em troca.