Dormi pouco e mal. Acordei lenta contrariamente à
euforia que me caracteriza a esta hora do dia. Nada que me impedisse de vestir
o vestido girissimo com saia tubo, calçar as cunhas brancas e fazer a minha
make up habitual. Levantar a Ervilhinha mais nova é sempre a tarefa mais difícil
e demorada. Nada que uma promessa ao café do Senhor Nomingos para pão com
manteiga não resolva. A Ervilhinha mais crescida é o oposto: levanta-se,
prepara-se e ajuda sempre com um sorriso. Não fosse esquecer as luzes acesas e o
quarto desarrumado seria a Ervilha perfeita, (o que seria de estranhar e nada bom
por sinal). Saímos as 3 e cada uma seguiu seu dia.
Agora aqui estou eu, nos 15 minutos que decidi dedicar a este meu canto. E neste momento este meu canto é dos sitio mais seguro que conheço. Pois a sensação de vacilar persegue-me mas por muito que vacile não vou cair. Vou ficar triste, vou chorar, vou emocionar-me, vou caminhar, vou falar, vou viver mais lentamente porque a digestão ainda agora começou… e o que tenho para digerir é muito e prometeu ser eterno.
O que me vai alimentando além da minha vontade (essa
sim eterna) são frases. Sim, esse conjunto de palavras que todos usamos desde tenra
idade. Deixo duas não vá eu esquecer-me e precisar de alimento para a próxima
batalha desa”amorosa”:
“O
aconchego é o remédio para o desamparo” por Flávio Gikovate
“O único amor vício deve ser o amor próprio” por António Morgado
Também de música se faz o meu dia e hoje descobri
o Patrick Watson com Love Songs for Robots, The Great Escape, Lighthouse, Places
you will go.
After all, tomorrow is another day…
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