“1 milhão de portugueses sofre de insónia crónica”
“Ao fim de cinco noites sem dormir, Carla Fernandes tomou uma decisão. “Tripliquei a medicação e pensei ‘ou morro ou durmo, alguma coisa tem de acontecer’. Eu já não aguentava mais.”
“Tinha o corpo cansado, notava isso, mas a cabeça não me deixava repousar.”
“A sensação que tinha na altura era a de andar “todos os dias com um saco de cimento às costas com 50 ou 60 quilos”. “Andava mesmo quase curvado e perguntava-me ‘mas afinal o que é que eu tenho?’.”
“O meu cérebro não desliga e quem me dera ter um botão para o desligar”
“O problema afeta mais os mulheres do que os homens e mais os idosos do que os jovens, mas também “os mais pobres, os desempregados e os divorciados”
“Não há ânimo para absolutamente nada. Passamos a noite em claro e durante o dia só queremos que eles finjam que nós não existimos”. Vê-se a vida a acontecer à volta mas não se participa, “a minha vida está a acontecer à minha volta mas eu não faço parte dela”. “Vamos a aniversários, festas, está tudo a acontecer e nós estamos ali mas não estamos”.
“Eu não me importaria de adormecer e acordar a chorar, desde que adormecesse.”
“Toda a gente parte do princípio de que a medicação resolve tudo mas não resolve.”
Fonte: jornal expresso
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