A paixão
que não chegou a amor podia ser o melhor título para esta história.
Quando nos
apaixonamos por alguém faz-nos pensar que é amor e isto é um erro. O que quer que seja o amor de verdade,
não é o mesmo que paixão. Ambos são sentimentos intensos, mas diferem na
capacidade, na intensidade e principalmente no resultado final.
E se um
amor sem perdão não resiste, uma paixão sem esperança nem sequer existe. A
paixão é tudo o que não queríamos querer e ainda assim queremos. É a chegada
não certa, de momentos inteiros que fazem o coração querer sem querer, uma
certeza secreta, uma verdade oculta.
Mas a
paixão não segue o amor algumas vezes e como dizia Balzac: “Toda paixão que não se acredita eterna é repugnante”. Nessa altura deveríamos conseguir
deixar de acreditar em monólogos romanceados de diálogos, que existem pausas
sem publicidade e que as história precisam de ser contadas seja de que maneira
for. Experimentam-se todas as formas, e mesmo que depois revolte, ontem não podíamos
contrariar. É esta a história é a história do quase-amor. Desconstrói-se a
paixão e o que se quer é perdão da alma. O amor não é para os de
‘des-sentimentos’. O amor é poesia e sol. Não é jogo, é paz. É um bem querer
que nos transcende. Quando a paixão não vira amor decide ficar bem em ti, em
vez de fugires de ti para a paixão que nunca chega a amor.