Na concha minha pérola brilha.
Alcancei o eterno nós.
Sinto o seu acordar.
Estremeço em cada sorriso.
Vibro só a observar.
Não vacilo nas palavras mas esmoreço a cada lágrima.
Um rugido perpetua na sua dor.
O caminho paralelo faz-se cruzando a experiência.
O receio vive aliado ao desejo.
Ganho a força de parar o tempo para assistir o infinito.
Dobro a esperança e a tormenta.
Sinto o seu adormecer e sonho:
Sê, O teu completo Ser e Sente... Sente um dia o acordar e o adormecer...
Pois mais que uma honra é uma Missão.
(escrito a 4 de Maio de 2012 no Dia da Mãe)
Opinião
Casava-me já contigo
Casámos no último dia de Setembro no primeiro Setembro deste século. Estávamos apaixonados, surpreendidos e felizes. Catorze anos depois ainda não acredito na minha sorte.
Quando eu era pequenino e vi um cartaz do filme The Seven Year Itch, de Billy Wilder e de 1955, perguntei à minha mãe o que era. Ela respondeu: "Ao fim de sete anos a novidade do casamento começa a passar".
Ao fim de 14 anos, cada vez que eu olho para a minha mulher, cada dia que acordo ao lado dela, o que mais me comove e impressiona é precisamente a novidade de vê-la, poder amá-la, ter a sorte de ser amado por ela.
Cada coisa que fazemos é ao mesmo tempo antiquíssima – como uma cerimónia que construímos juntos só para nós os dois – e novíssima, pelo desejo e pelo entusiasmo de lá estar, naquele lugar que ela abriu para mim e ela no lugar que só é dela, que sou eu.
O casamento é só uma palavra: é verdade. Mas também pode ser a vontade de casarmos e ficarmos casados, todos os dias, com a mesma pessoa que amamos.
Cada vez nos casamos mais. As diferenças dela vão cabendo cada vez melhor nas minhas. Cada vez somos, a Maria João e eu, mais livres de sermos como somos, cada um de nós, e de sermos como somos, nós os dois.
Ela torna-se mais ela; eu torno-me mais eu, ela e eu com menos medo que o outro fuja por causa disso. Mas com medo à mesma. E ganância de viver e curiosidade em saber como é que o décimo quinto ano vai ser melhor do que este.
Mas vai ser.
de regresso e acompanhada
Que saudades do meu cantinho na web! Quero voltar! Sinto falta disto! Sinto-me bem "aqui"! É pedaço de mim! Recordação viva que me fortalece! Uma forma de ser escrevendo. Vou voltar... E duplamente acompanhada!
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