"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional."
E com este mote começo.
..
- Só me acontece a mim...
- Eu nunca vou conseguir...
- Nada acontece como espero...
etc, ect, ect...
.
Somos atropelados diariamente por estes desabafos de amigos e desconhecidos. Nos programas matinais da tv portuguesa, no telejornal do almoço, no jornal sensacionalista que mais vende nas bancas, na novela do inicio e fim de noite... Na minha, e tão minha e só minha, perspectiva da coisa, culpo a sociedade de hoje por cultivar tão exaustivamente a frustração. É banal a queixa, o coitadinho, a vitima... e ao invés de ceifar esse sentimento logo á nascença, não. Parece que gostam de ser e ver a desgraça. Se não há desgraça inventa-se. E, esta não é uma crítica aos meios de comunicação, porque estes apenas transmitem aquilo que o ouvinte, o leitor ou o telespectador quer. A mentalidade da coitadinha que merece a festinha, o apoio, porque é frágil, mas o problema é a unha encravada ou o cabelo espigado, Versus, a tasse bem, com o coração na lama e problema na redline, mas que é forte, e então não precisa que lhe dêem nada e muito pelo contrario, tiram-lhe porque esta não é frustrada e nós gostamos delas é bem deprimidas. Isto é uma bola de neve que cresce em cada esquina enfarinhada na inveja.Este pais que tanto se vangloriosa com os brandos costumes, apodrece com os brandos valores. Problemas todos têm. Uns mais graves, outros menos. Cada problema na óptica de quem o tem. Mas, vitimas são as das guerras, as das violações, as das agressões, as da fome. Chega de se acomodar ao sofrimento e ao destino mal fadado que cada um escolhe. As cruzes são todas diferentes, umas de palha, umas de madeira, outras de ferro. Bora cultivar a iniciativa, a auto-estima, a entreajuda. Lá por alguém ter inventado o fado e com ele ter carregado cada português com o saudosismo não quer dizer que agora não adoptemos o Funk e o cantemos á nossa maneira.